Leishmaniose: doença infecciosa pode atingir animais e humanos
A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Existem dois tipos de leishmaniose: a tegumentar (ou cutânea) que se caracteriza por feridas na pele e nas mucosas, como nariz, boca e garganta; e a visceral (ou calazar) que é uma doença sistêmica, atacando órgãos internos, principalmente o fígado, baço e a medula óssea e que é comum também em crianças de até dez anos.
A transmissão é feita por insetos que se alimentam de sangue (hematófagos). Em cada localidade eles são conhecidos de um modo: mosquito-palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha.
Essa doença afeta principalmente cães, mas também pode ocorrer em animais silvestres e urbanos como ratos, gatos e humanos, principalmente crianças desnutridas, idosos imunossuprimidos e pessoas com AIDS.
A leishmaniose somente é transmitida pela picada do inseto infectado, nunca através dos próprios cães. Estes são apenas hospedeiros.
Os sintomas mais comuns são: emagrecimento, perda de pelos, fraqueza, anemia, gânglios inchados, feridas, lesão de pele ulcerada e blefarite. Nos órgãos internos, o sintoma mais recorrente é o crescimento do fígado.
Esses sintomas também são comuns em outras doenças, portanto, apenas um diagnóstico preciso, feito por um médico veterinário a partir de exames de sangue e analises clinicas poderão dizer o que é.
Existem diversas formas de prevenção:
Mantenha o ambiente limpo: o transmissor da doença gosta de lugares com matéria orgânica, dessa forma, deixar sempre o quintal e a casa limpa são de extrema importância.
Coleira repelente: o efeito da coleira evita a picada do inseto, sendo uma importante arma contra a doença.
Vacinação: Existe vacina para leishmaniose. Ela previne cerca de 95% de chances dos cães se infectarem pela picada do inseto. O grande problema é o valor, pois como a produção ainda é pequena, os preços são inviáveis para boa parte dos donos.
Essa doença pode ser tratadas a partir de dois fármacos, entretanto são muito caros, o que vem gerando muito abandono e muita polêmica sobre a questão da eutanásia. Por isso, a prevenção é essencial.
Mesmo após o tratamento, é necessário lembrar que tanto os animais como os humanos infectados, continuam sendo portadores do parasita para sempre, contudo, estão mantidos sob controle.