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Vacinação gratuita contra a Leishmaniose em questão

A CPI da Câmara dos Deputados que investiga maus-tratos contra animais debateu em audiência pública, nesta semana, a criação de uma política nacional de vacinação contra a Leishmaniose animal, medida prevista no projeto de leio nº 1738/2011, do deputado Geraldo Resende (PMDB-MS).

A proposta, em análise na Câmara dos Deputados, torna obrigatória a vacinação anual e gratuita de cães e gatos contra a Leishmaniose em todo o País, a exemplo do que já ocorre no caso da raiva. No entanto, Antonio Carlos Figueiredo Nardi, secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, considera de difícil execução a criação de uma política nacional de vacinação.

Segundo Nardi, entretanto, o valor estimado para implementar essa política apenas nos 150 municípios com mais ocorrências da doença seria de R$ 200 milhões por ano, quantia que, de acordo com ele, é muito alta para uma vacina que ainda não tem efetividade comprovada. “A vacina não foi registrada [no ministério] porque traz uma margem de segurança dúbia e ampla, entre 35% a 85%. Seria uma inconsequência de gestão adotar a padronização”, argumentou.

Prevenção

Já o deputado Mandetta (DEM-MS) defendeu o projeto. Ele afirmou que, a cada R$ 1 gasto com prevenção de doenças em humanos, o governo economiza R$ 27 de despesas médicas que poderiam vir da contaminação. Durante o debate, Mandetta relatou as dificuldades enfrentadas por ele no combate à leishmaniose canina quando era secretário de saúde de Campo Grande (MS). “Fomos de casa em casa fazer o levantamento da população de cães. Coletamos o sangue e fizemos a análise de 100% dos animais. Os que possuíam a doença eram encoleirados para proteger os demais”, lembrou.

O secretário de Vigilância destacou, por sua vez, a importância de estabelecer parcerias entre os entes federados para enfrentar a Leishmaniose. “O combate às zoonoses não é exclusividade do Ministério da Saúde. Estados e municípios também devem se responsabilizar, inclusive quanto às finanças”, afirmou Nardi.

Apesar de infectar primariamente animais, o homem pode ser contaminado pela Leishmaniose se estiver presente em uma área endêmica. A transmissão se dá por meio da picada de um inseto, conhecido como mosquito palha em algumas regiões. Não há contágio direto de pessoa para pessoa e o mosquito só transmite a moléstia se tiver picado um animal infectado.

Conheça esta zoonose

a Leishmaniose é uma doença infectocontagiosa causada por um protozoário, conhecido como Leishmania, que é transmitido pela picada do mosquito flebótomo infectado, também conhecido como “mosquito palha” ou “birigui”. É considerada uma zoonose e pode acometer homens e cães. Essa doença é transmitida somente através da picada do inseto que estiver infectado.

Os sintomas mais comuns dessa doença é a perda de peso, pelagem opaca, falta de apetite, úlceras, anemia, apatia, inchaço nos gânglios, diarreias e vômitos persistente, desânimo, o crescimento exagerado das unhas e a seborreia, caracterizada por feridas que não se cicatrizam da maneira esperada.

Se houver suspeita de que seu animal tenha essa doença, leve imediatamente ao médico veterinário, através de exames de sangue ele poderá confirmar o diagnóstico do animal.

* com informações na Agência Câmara

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