Home Você Sabia? Gatos idosos sofrem com excesso de ruídos

Gatos idosos sofrem com excesso de ruídos

Gatos carregam a fama de serem quietos, misteriosos, introspectivos e muito silenciosos. Barulhos e ruídos excessivos deixam os felinos nervosos, estressados, ariscos e, por muitas vezes, amedrontados. Para os gatos mais idosos, alguns sons agudos altos podem até provocar convulsões, segundo revelou uma pesquisa publicada na revista Journal of  Feline Medicine and Surgery, especializada em medicina veterinária para felinos.

De acordo com o estudo, sons como os de chaves chacoalhando, papel alumínio sendo amassado ou a colher de metal batendo no prato deixam os gatos nervosos e estressados. A convulsão temporária pode acontecer até mesmo quando os felinos ouvem sons simples, do nosso dia a dia, como o emitido pelo teclado do computador ou martelar de um prego. O estudo diz que isso é mais sensível para os gatos com mais de 10 anos.

Até mesmo sons simples, como tocar em um teclado de computador, martelar um prego ou o barulho de um cacarejo poderiam desencadear uma convulsão temporária, principalmente em gatos com idade acima de 10 anos, adverte um relatório publicado.

“Síndrome de Tom e Jerry”

Este transtorno ganhou o nome de crise reflexa audiogênica de felinos, da sigla em inglês FARS. O nome veio do aparente distúrbio chamado “síndrome de Tom e Jerry”, baseado nos movimentos súbitos, às vezes feitos pelo gato Tom, em resposta a ruídos e surpresas de seu rival, o rato Jerry.

O estudo começou como uma investigação da entidade Cat Care International, que pediu a neurologistas veterinários relatos de alguns donos de gatos que descreviam ataques incomuns, conforme começou a ser noticiado pela imprensa internacional.

A falta de investigação sobre o tema levou os pesquisadores da Davies Veterinary Secialists e da Escola de Farmácia da University College de Londres, na Inglaterra, a desenvolverem o estudo, que consultou centenas de tutores de gatos de vários países do mundo.

Gatos com idade média de 15 anos

Segundo os pesquisadores, as entrevistas mostram que muitos tutores descobriram que os sons eram de fato o gatilho para as crises convulsivas. O problema atingia gatos com ou sem pedigree.

O estudo apontou que este tipo de convulsão ocorre quando os felinos atingem uma idade média de 15 anos. Neste caso, a variação de idade dos gatos era de 10 anos a 19 anos. De acordo com os pesquisadores, os gatos da raça Sagrado da Birmânia tendem a ser particularmente vulneráveis a tais ataques.

A partir da constatação do problema os pesquisadores têm agora dois focos. O primeiro é alertar os veterinários sobre a existência deste tipo de convulsão. E o outro é dar sequência aos estudos para apontar possíveis tratamentos. Enquanto isso não acontece, o jeito é ser preventivo e evitar a emissão de determinados sons, mantendo os gatos longe de ruídos muito agudos.

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