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Programa de residência em Medicina Veterinária na mira

A Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária (CNRMV) do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) se reuniu, na semana passada, com a coordenadora-geral de residências em saúde do Ministério da Educação (MEC), Sônia Regina Pereira. Durante o encontro, em Brasília, foram discutidas a situação atual dos programas de residência em Medicina Veterinária e a perspectiva de manutenção de bolsas de estudo e de programas de residência para 2016.

O Ministério da Educação sinalizou que os cortes no Orçamento do governo federal, até o momento, não afetaram a oferta de bolsas e programas de residência. Na reunião também foi discutida a exigência do MEC de ser destinada, nos programas de residência, uma carga horária obrigatória para a saúde pública e o Sistema Único de Saúde (SUS). A Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária discute parceria e estratégias que permitam cumprir a determinação.

Para a CNRMV, essa exigência é positiva para o residente e para o curso de graduação da instituição. “É uma oportunidade que o médico veterinário tem de reforçar sua participação na saúde pública”, afirma o presidente da Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária, Benedito Dias.

Projeto Ensino-Aprendizagem

No início de setembro, a segunda etapa do Projeto Estratégias de Ensino-Aprendizagem do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) foi realizada em três Instituições de Ensino Superior (IES). No mesmo período, outras duas IES receberam a visita pela primeira vez.

O retorno do CFMV ocorreu no Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (Unipinhal), no estado de São Paulo; no Centro Universitário Filadélfia (Unifil), em Londrina (PR); e na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas (RS).

Já a Univiçosa – Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, em Viçosa (MG), e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Bagé (RS), contaram com sua primeira visita técnica.

O objetivo do Projeto, idealizado pelo CFMV, é desenvolver competências humanísticas nos estudantes e futuros profissionais, em conjunto com as competências técnicas. As habilidades incluem Liderança, Atenção à Saúde, Comunicação, Tomada de Decisão, Administração e Gerenciamento e Educação Permanente.

A Resolução CNE/CES nº 01/2003, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Medicina Veterinária, enfatiza que estas habilidades devem fazer parte dos objetivos de aprendizagem.

As visitas introdutórias do CFMV buscam contextualizar o projeto e apresentá-lo à diretoria, professores e alunos da Instituição. A segunda etapa visa, por sua vez, enumerar dificuldades dos professores e pontos de melhoria observados pelas IES no período posterior à primeira visita técnica.

“Fazemos uma avaliação dos resultados apresentados e damos sugestões para as melhores abordagens a serem feitas”, explica Rodrigo Mendes, integrante da Área de Gestão Estratégica (Ages) do CFMV, que visitou algumas IES em conjunto com Regina Werneck, também da Ages.

Conceito de Saúde Única

A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unipinhal, Georgiana Brito, conta que foi realizada uma dinâmica para maior sensibilização com os alunos e esclarecimento de dúvidas. No segundo semestre, as competências humanísticas passaram a ser implantadas em novas disciplinas.

“Este projeto reflete o que o mundo e a Medicina Veterinária estão buscando hoje, por meio do conceito de Saúde Única. Precisamos de mais profissionais com competências humanísticas. Pelo que avaliamos, a maioria dos estudantes está aprovando a iniciativa”, diz Georgiana.

Na Univiçosa as novas estratégias de ensino já estão sendo implementadas em todos os períodos do curso de Medicina Veterinária da instituição. A coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Alessandra Sayegh, cita como exemplos jogos, “brainstormings”, atividades em escolas da região e estudos de caso.

O corpo de professores de Medicina Veterinária da Unipampa também acredita que o projeto de buscar estratégias diferentes de ensino-aprendizagem terão um grande impacto nas aulas. “Uma coisa é fixar a parte técnica, que é o que todos querem aprender, mas a percepção que vai além da técnica, de coordenar uma equipe, por exemplo, é fundamental”, relata o coordenador do curso, Fernando Mesquita.

Fonte: CFMV

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